La educación de sí mismo y la producción del niño indígena en el noroeste amazónico de Brasil

  • Rita de Cácia Oenning da Silva Universidad Federal de Santa Catarina
Palabras clave: producción de persona, educación indígena, noroeste amazónico brasileño

Resumen

Con el apoyo de la documentación etnográfica, la literatura antropológica y los datos recolectados en campo, el artículo relaciona el proceso de aprendizaje y enseñanza de los grupos indígenas del noroeste amazónico brasileño con los modos de producción y cuidado de personas. Las técnicas y el significado del proceso de «producir gente» se transmiten en la actividad diaria, en la interacción entre diversas generaciones y en las narrativas de especialistas y familiares (especialmente abuelos). Al mismo tiempo, este proceso se entrelaza con un conocimiento ritual y mitológico poco explicitado, pero siempre presente en los grupos de la región. Los niños y niñas también son participantes activos en este proceso de formación y autoformación; en el artículo, explico este protagonismo mediante una descripción detallada de un día de campo en la comunidad de Tabocal de uneiuxi, santa Isabel do Rio negro, Amazonas. en este relato demarco los medios por los cuales la producción de sí se realiza a través de las acciones de los niños y niñas, enfatizando el protagonismo de aquellos en su producción como gente, incorporando conocimientos y transformándolos.

Referencias bibliográficas

Andrello, Geraldo (2006a). Hierarquia e história: considerações sobre a descendencia entre os Tariano do rio Uaupés (Alto Rio Negro, Amazônia brasileira). Mss.Congreso Internacional de Americanistas, Sevilla, España.

Andrello, Geraldo (2006b). Patrimônio imaterial em Iauaretê, rio Uaupés (noroeste da Amazônia brasileira). VII Encuentro para la Promoción y Difusión del Patrimonio Inmaterial de Países Iberoamericanos. Ms.

Arhem, Kaj (1993). Ecosofia Makuna. En François Correa (org.), La selva humanizada: ecología alternativa en el trópico húmedo colombiano (pp. 109-126). Bogotá: Instituto Colombiano de Antropología.

Athias, Renato (2010). Oralidade e Prática de Ensino entre os professors hupd’äh da Região do Alto Rio Negro. Texto apresentado no XV ENDIPE, Belo Horizonte,

de abril.

Barbosa, Manuel Marcos y Adriano Manuel García (2000). Upiperi Kalili: histórias de antigamente - histórias dos antigos Taliaseri-Phukurana. São Gabriel da Cachoeira: FOIRN; Iauarete: Unirva (Narradores Indígenas do Rio Negro, 4).

Cabalzar, Aloisio (2000). Descendência e aliança no espaço tuyuka: a noção de nexo regional no noroeste amazônico. Revista de Antropologia, 1(43), 61-88. São Paulo.

Cabalzar, Aloisio (2005). Gente Peixe: os peixes na cosmologia dos povos tukano do rio Tiquié. En A. Cabalzar (org.), Peixe e gente no alto rio Tiquié: conhecimentos tukano e tuyuka, ictiologia, etnologia. São Paulo: Instituto Socioambiental - ISA.

Cabalzar, Aloisio y Carlos A. Ricardo (1998). Povos indígenas do Alto e Médio RioNegro: uma introdução à diversidade cultural e ambiental do noroeste da Amazônia brasileira. Mapa-livro. São Gabriel da Cachoeira/São Paulo: Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro - FOIRN/Instituto Socioambiental - ISA.

Cabalzar, Flora Dias (2012). Até Manaus, até Bogotá. Os Tuyuka vestem seus nomes como ornamentos. Tese Doutorado Apresentado ao Programa de Pós-graduação em Antropologia Social da USP.

Clastres, Pierre (1974). A sociedade contra o estado. São Paulo: Livraria Francisco Alves.

Clastres, Pierre (1978). La sociedad contra el Estado. Barcelona: Monte Avila editores.

Cohn, Clarice (2000). A criança indígena: a concepção Xikrin de infância e aprendizado. Dissertação de Mestrado em Antropologia. Universidade de São Paulo.

Cohn, Clarice (2005). Antropologia da criança. São Paulo: Jorge Zahar.

Cohn (2002). A criança, o aprendizado e a socialização na antropologia En Aracy Lopes da Silva, Ângela Nunes y Ana Vera Lopes da Silva Macedo (orgs.), Crianças indígenas: ensaios antropológicos. São Paulo: Global (Coleção Antropologia e Educação).

Diniz, Laise (2011). Relações e trajetórias sociais de jovens Baniwa na escola Pamáali no médio rio Içana - Noroeste Amazônico. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Amazonas – UFAM, Manau,.

Florestan, Fernandes (2004). As «trocinhas» do bom retiro: contribuição ao estudo folclórico e sociológico da cultura e dos grupos infantis. Pro-Posições, 1, v. 15(43), jan./abr.

FOIRN/ISA (2006). Povos indígenas do Rio Negro: uma introdução à diversidade socioambiental do Noroeste da Amazônia Brasileira. São Gabriel da Cachoeira: FOIRN/ISA.

Garnello, Luiza (2003). Poder, hierarquia, e reciprocidade: saúde e harmonia entre os Baniwa do Alto Rio Negro. Rio de Janeiro: Fiocruz.

Garnelo, Luiza (2004). Tradição, modernidade e políticas públicas no Alto Rio Negro. Somanlu. Revista de Estudos Amazônicos, 4(1), 29-54.

Garnelo, Luiza (s/f). Análise situacional da Política de Saúde dos Povos Indígenas no período de 1990 a 2004: implicações no Brasil e na Amazônia. En E. Scherer y J.A. Oliveira (orgs.), Amazônia: políticas públicas e diversidade cultural (pp. 133-162). Rio de Janeiro:Garamond.

Gomes, Maria Rodrigues (2008). Nadeb do Rio Negro: quem foi e quem é? Proposta de nomenclatura e reconhecimento étnico-cultural de um povo no Médio Rio Negro. Antropos, 1(2).

Hill, Jonathan y Robin M. Wright (1988). Time, narrative and ritual: historical interpretations from an Amazonian society. En Jonathan D. Hill (org.), Rethinking Hystory and Myth. Indigenous (pp. 78-105). Urbana: University of Illinois

Hill, Jonathan (1985). Myth, spirit-naming, and the art of microtonal rising: childbirth rituals of the Arawakan Wakuenai. Latin American Music Review, 6(1), 1-30.

Hill, Jonathan (1987). Wakuenai cerimonial exchange in the Northwest Amazon. Journal of Latin American Lore, 13(2), 183-224.

Hugh-Jones, Christine (1979). From the Milk River: spatial and temporal processes in the Northwest Amazon. Cambridge: Cambridge University Press.

Hugh-Jones, Stephen (1979). The palm and the Pleiades: initiation and cosmology in Northwest Amazonia. Cambridge: Cambridge University Press.

Hugh-Jones, Stephen (2002). Nomes secretos e riquezas visíveis: nominação no noroeste amazônico. Mana, 2, 8(2), v. 8, 45-68. Rio de Janeiro.

Hugh-Jones, Stephen (2008). Prefácio. En A. Cabalzar, Filhos da Cobra de Pedra. Organização social e trajetórias tuyuka no rio Tiquié (noroeste amazônico). São Paulo: UNESP, ISA; Rio de Janeiro: Nuti.

Hugh-Jones, Stephen (2009). The fabricated body: objects and ancestors in NW Amazonia’. En F. Santos-Granero (ed.), The Occult Life of Things. Tucson: University of Arizona Press.

Jackson, Jean (1983). The fish people. Linguistic exogamy and Tukanoan identity in Northwest Amazonia. Cambridge: Cambridge University Press.

Koch-Grünberg, Theodor (2005). Dois anos entre os indígenas: viagens ao Nordeste do Brasil. (1903-1905). Manaus: EDUA y FSDB.

Lancy, David F., John Block y Suzanne Gaskins (eds.) (2010). The Anthropology of Learning in Childhood. Lanham, MD: AltaMira Press.

Lasmar, Cristiane (2003). De volta ao Lago de Leite: gênero e transformação no alto rio Negro. São Paulo/Rio de Janeiro: Editora UNESP/ISA/NUTI.

Lasmar, Christina y Ludivine Eloy (2006). Urbanização e agricultura indígena no alto Rio Negro. En B. Ricardo y F. Ricardo (orgs.), Povos Indígenas no Brasil (pp. 237-242). São Paulo: Instituto Socioambiental.

Lopes da Silva, A., A.V. Macedo y Â. Nunes (orgs.) (2002). Crianças indígenas: ensaios antropológicos. São Paulo: Global.

Luciano, Gersem y José Dos Santos (2006). «Projeto é como branco trabalha; as lideranças que se virem para aprender e nos ensinar»: experiências dos povos indígenas do Alto Rio Negro. Dissertação de mestrado. UNB, Brasília.

Marques, Bruno Ribeiro (2009). Figuras do movimento: os Hupda na literatura etnológica do Alto Rio Negro. Rio de Janeiro: PPGAS-MN/UFRJ.

Mauss, M. (1969). Transmission de la Cohesion Sociale: Tradition, Éducation. Oeuvres, vol. 3: Cohesion sociale et divisions de la sociologie (pp. 328-346). Paris: Les Éditions de Minuit,

Mead, M. (1930). Growing up in New Guinea: a comparative study of primitive education. Nueva York: William Morrow.

Mead, M. y G. Bateson (1962). Balinese character: a photographic analysis. Nueva York: New York Academy of Sciences. Special publication, v. 2.

Mead, M. y F.C. MacGregor (1951). Growth and culture: a photographic study of Balinese childhood. Nueva York: Putnam.

Melatti, J.C. y D.M. Melatti (1979). A criança Marubo: educação e cuidados. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, 1(1), 293-301. Rio de Janeiro: INEP.

Métraux, A. y S. Dreyfus-Roche (1958). La naissance et la prémière enfance chez les indiens Cayapó du Xingu. Miscellanea Paul Rivet. México.

Montardo, D.L.O. (2010). Para uma antropologia da música na Amazônia. En Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Museu Amazônico y UFAM. (org.), Amazônia e outros temas. Coleção de textos antropológicos, v. 11 (pp. 103-126). Manaus: EDUA.

Nunes, Â. (1997). A sociedade das crianças A’uwê-Xavante - por uma antropología da criança. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo.

Nunes, Angela. O lugar da criança nos textos sobre sociedades indígenas brasileiras. En Araci Lopes Silva, A.V. Macedo y A. Nunes (org), Crianças indígenas: ensaios antropológicos. São Paulo: Global (Coleção Antropologia e Educação).

Nunes, Ângela (2005). Brincando de ser criança: contribuições da etnologia indígena brasileira à antropologia da infância. Tese de Doutoramento, Departamento de Antropologia, ISCTE. Lisboa, Portugal.

Pereira F. Élio (2010). História da participação do Movimento indígena na constituição das «escolas indígenas» no município de Santa Isabel do Rio Negro - AM. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Educação na Universidade Católica de São Paulo, PUC - SP.

Pereira, Rosilene Fonseca (2013). Criando gente no Alto Rio Negro: um olhar Waíkhana. Dissertação de mestrado. PPGAS/UFAM.

Piedade, Acácio Tadeu (1997). Música Ye’pa-masa: por uma Antropologia da Música no Alto Rio Negro. Dissertação de Mestrado, PPGAS, UFSC.

Piedade, Acácio Tadeu (2004). O Canto do Kawoká: música, cosmologia e filosofía entre os Wauja do Alto Xingu. Tese de doutorado, PPGAS, UFSC.

Pozzobon, Jorge (1983). Isolamento e Endogamia: Observações sobre a Organização Social dos Índios Maku. Porto Alegre: UFRGS-IFCH (Dissertação de Mestrado em Antropologia, dat.)

Pozzobon, Jorge. Maku (1999). Instituto Socioambiental - ISA. Recuperado el 26/10/07 de http://www.socioambiental.org/pib/epi/maku/politorg.shtm

Seeger, A., R. Damatta y E. Viveiros de Castro (1979). A construção da pessoa nas sociedades indígenas brasileiras. Boletim do Museu Nacional, 32.

Shaw, Kurt y Rita de Cácia Oenning da Silva (orgs.) (2013). Cuidados de crianças ribeirinhas. Florianópolis y Manaus: Shine a Light y UFAM.

Silva, Araci Lopes, A.V. Macedo y A. Nunes (orgs.) (2002). Crianças indígenas: Ensaios Antropológicos. São Paulo: Global

Silva, Moisés L., D.L.O. Montardo y Adeilson L. Silva (2012). Projeto «Podáali Valorização da música Baniwa» e a Maloca Casa do Conhecimento. En Geraldo Andrello (org.), Rotas de Criação e Transformação - Narrativas de origem dos povos indígenas do Rio Negro, v. 1 (pp. 72-89). São Paulo y São Grabriel da Ca: Instituto Socioambiental y FOIRN.

Silva, Rita de Cácia Oenning da (1998). A porta entreaberta: práticas e representações em torno das relações entre casa e rua junto a crianças de camadas populares em Florianópolis. Dissertação de Mestrado. Florianópolis: PPGAS, UFSC.

Silva, Rita de Cácia Oenning da (2008). Superar no movimento: Etnografia de performances de Pirráias em Recife e mais além. Florianópolis: Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFSC.

Silverwood-Cope, Peter Lachlan (1990). Os Maku - Povo Caçador do Noroeste da Amazônia. Brasília: UnB.

Souza, Maximiliano Loiola Ponte de, Suely Ferreira Deslandes y Luiza Garnelo

(2011). Histórias-míticas e construção da pessoa: ambiguidade dos corpos e juventude indígena em um contexto de transformações. Ciência & Saúde Coletiva, 16(10), 4001-4010.

Sztutman, Renato (2013). Metamorfoses do Contra-Estado. Pierre Clastres e as Políticas Ameríndias. Ponto Urbe, 13, 54-78.

Tassinari, Antonella (2007). Concepções indígenas de infância no Brasil. Tellus, Campo Grande, 7(13), 11-25.

Vianna, J.J.B. (2013). De deslocamentos e alter-ações. Os ataques yóopinai e os sentidos da doença entre os Baniwa. En Marta Amoroso y Gilton Mendes (orgs.), Paisagens ameríndias. Lugares, circuitos e modos de vida na Amazônia. São Paulo: Terceiro Nome.

Viveiros de Castro, Eduardo (1996). On Tukanoan onomastics: four remarks and a diagram. Mss. 6p. s.d. Os pronomes cosmológicos e o perspectivismo ameríndio. Mana, 2(2), 115-144. Rio de Janeiro.

Wright, Robin (1998). Cosmos, Self, and History in Baniwa Religion: For Those Unborn. Austin: The University of Texas Press.

Wright, Robin (2005). História indígena e do indigenismo no Alto Rio Negro. Campinas: Mercado das Letras y Unicamp-FAEP; São Paulo: Instituto Socioambiental

Descargas

El artículo aún no registra descargas.
Cómo citar
Cácia Oenning da Silva, R. de. (2015). La educación de sí mismo y la producción del niño indígena en el noroeste amazónico de Brasil. Anthropologica, 33(35), 15-40. https://doi.org/10.18800/anthropologica.201502.002