Ánima Sola
Corpo, acontecimento e dimensão ética na representação da violência
DOI:
https://doi.org/10.18800/kaylla.202301.010Palavras-chave:
Representação, Corpo, Violência, EventoResumo
Neste artigo, tomamos Ánima Sola, uma peça sobre feminicídios no México, como ponto de partida para problematizar a forma como a criação cénica assume a responsabilidade ética de representar as vítimas de violência. Revisitamos a noção de acontecimento, um conceito discutido em diferentes disciplinas, incluindo o Teatro e as Artes Cênicas. Usando a história oral como abordagem metodológica, mais especificamente entrevistas em profundidade com as atrizes envolvidas no projeto, propomos o conceito de acontecimento numa trajetória de vida como um aspecto analítico que complementa outras definições, incluindo acontecimento teatral (Dubatti, 2017) e acontecimento como um conjunto de efeitos que ultrapassam as suas causas (Žižek, 2014). O quadro conceitual baseia-se na fenomenologia de Merleau-Ponty (2002) e nas reflexões de José Antonio Sánchez (2016) sobre ética e representação, entre outros, para revelar que Ánima Sola como texto dramático exige uma disposição e envolvimento da subjetividade das atrizes, acontecimento que se expressa como manifestação ética da representação.
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