Caminhada Sonora No Espaço-tempo
DOI:
https://doi.org/10.18800/kaylla.202401.004Palavras-chave:
Caminhada sonora, Som ambiental, Gravação binaural, Incorporação, Deslizamento temporal, Realidade aumentadaResumo
Este artigo realiza uma análise das características da pesquisa artística do autor, na qual investiga o espaço e tempo através da caminhada sonora, uma prática imersiva e corporificada com a capacidade de atrair a atenção crítica e de reanimar ambientes que de outra forma seriam familiares. Baseados na concepção de espaço da geógrafa social Doreen Massey (2005) como “uma simultaneidade de histórias até agora” e “sempre em processo de criação”, as caminhadas sonoras do autor exploram os pontos de intersecção nos quais o espaço é produzido. Neste artigo, o autor analisa os aspectos temporais e corporais da caminhada sonora, e a sua abordagem baseada numa captura inicial de gravações sonoras enquanto percorre um determinado percurso, antes de devolvê-las para serem experienciadas no seu contexto original, explorando assim a consequente mudança temporal. Através da mistura deliberada destas gravações de campo com a paisagem sonora ao vivo durante a experiência partilhada da caminhada sonora em grupo, as percepções podem ser desestabilizadas produtivamente e novas relações construídas com as realidades sociopolíticas enfrentadas por comunidades específicas (LaBelle, 2018). As caminhadas sonoras desafiam suposições da experiência vivida no presente e convidam à imaginação de passados alternativos e futuros potenciais. O autor oferece a caminhada sonora Pentrich Rising – South Wingfield (Brown, 2017) como estudo de caso, partilhando insights sobre a sua metodologia original. A caminhada sonora mostra-se um meio eficaz de exploração espaço?temporal, com potencial para ser investigada a partir de disciplinas artísticas, sonoras, espaciais, sócio-históricas, sócio-políticas e ambientais.
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