Assédio Moral no Trabalho e Cultura Organizacional
Fatores Propiciadores em uma Universidade Brasileira
DOI:
https://doi.org/10.18800/psico.202601.005Palavras-chave:
assédio moral no trabalho, cultura organizacional, trabalho, universidade, servidor públicoResumo
Esta pesquisa objetiva descrever os elementos culturais presentes em uma universidade pública brasileira identificados como facilitadores ao assédio moral no trabalho. Caracteriza-se como qualitativa e descritiva, com a aplicação de um questionário on-line (214 respostas), seguido de 12 entrevistas semiestruturadas. Os dados foram analisados de acordo com a análise de conteúdo e estatística descritiva. Identificou-se características culturais presentes na cultura e na gestão de instituições públicas brasileiras, os quais segundo os pesquisados favorecem situações de assédio moral no trabalho na Universidade, tais como: impunidade, grupos de poder, política e descaracterização do servidor público. Portanto, a pesquisa corrobora no aprofundamento da teoria, e assim, abrindo espaço para a construção de medidas e políticas para prevenir e combater o assédio nas universidades.
Downloads
Referências
Acosta, B. J. L., Salazar, E. M. A., & Bastián, M. C. S. (2015). Mobbing en docentes universitarios. In: F. P. S. Martin (Coord.). Develar al mobbing: Asegurar la dignidade en las organizaciones I (pp. 89-108). Ediciones y Gráficos Eón.
Alcadipani, R., & Crubellate, J. M. (2003). Cultura organizacional: generalizações improváveis e conceituações imprecisas. Revista de Administração de Empresas, 43(2), 64-77. https://www.scielo.br/pdf/rae/v43n2/v43n2a05.pdf
Bardin, L. (2016). Análise de conteúdo (3.ª ed., rev. e amp.). Edições 70.
Buendía, J. (2003). El mobbing en el centro de estudios. Mobbing Opinion: Boletín de noticias sobre acoso psicológico. http://mobbingopinion.bpweb.net/artman/publish/article_793.shtml
Carbone, P. (2000). Cultura organizacional do setor público brasileiro: desenvolvimento de uma metodologia de gerenciamento da cultura. Revista de Administração Pública, 34(2), 1-5. https://repositorio.enap.gov.br/handle/1/3374
Chapell, M., Casey, D., De la Cruz, C., Ferrell, J., Forman, J., Lipkin, R., Newsham, M., Sterling, M., & Whittaker, S. (2004). Bullying in college by students and teachers. Adolescence, 39(153), 53–64.
Einarsen, S., Hoel, H., Zapf, D., & Cooper, C. L. (2020). The concept of bullying and harassment at work: the European tradition. In: Einarsen, S., Hoel, H., Zapf, D., & Cooper, C. L. (Orgs.). Bullying and Harassment in the Workplace: Theory, Research and Practice (pp. 3-54). 3rd ed. Taylor & Francis.
Einarsen, S., Hoel, H., & Notelaers, G. (2009). Measuring exposure to bullying and harassment at work: Validity, factor structure and psychometric properties of the Negative Acts Questionnaire-Revised. Work & Stress, 23(1), 24-44. https://doi.org/10.1080/02678370902815673
Einarsen, S., Raknes, B. I., & Matthiesen, S. B. (1994). Bullying and harassment at work and their relationships to work environment quality: An exploratory study. European Work and Organizational Psychologist, 4(4), 381–401. https://doi.org/10.1080/13594329408410497
Fleury, M. T. L. (1996). O desvendar a cultura de uma organização – uma discussão metodológica. In M. T. L. Fleury, & R. M. Fischer (Eds). Cultura e poder nas organizações (pp. 15-27). Atlas
Freitas, A. B. (1997). Traços brasileiros para uma análise organizacional. In F. C. P. Motta, & M. P. Caldas (Eds.). Cultura organizacional e cultura brasileira (pp. 38-69). Atlas
Freitas, M. E. (2007). Cultura Organizacional: evolução e crítica. Thomson Learning
Glambek, M., Skogstad, A., & Einarsen, S. V. (2020). Does the number of perpetrators matter? An extension and re-analysis of workplace bullying as a risk factor for exclusion from working life. Journal of Community & Applied Social Psychology, 2020, 1-8. https://doi.org/10.1002/casp.2456
Heloani, R., & Barreto, M. (2018). Assédio moral: gestão por humilhação. Juruá.
Hirigoyen, M-F. (2015). Mal-estar no trabalho: redefinindo o assédio moral (8. Ed)’. Bertrand Brasil.
Hoel, H., & Einarsen, S. (2003). Violence at work in hotels, catering and tourism. International Labour Office.
Hofstede, G., Hofstede, G. J., & Minkov, M. (2010). Cultures and Organizations: software of the mind: intercultural cooperation and its importance for survival (3 ed.). McGraw, Hill
Hubert, A. B., & Van Veldhoven, M. (2001). Risk sectors for undesirable behaviour and mobbing. European Journal of Work and Organizational Psychology, 10(4), 415-424. https://doi.org/10.1080/13594320143000799
Mathisen, G. E., Øgaard, T., & Einarsen, S. (2012). Individual and situational antecedents of workplace victimization. International Journal of Manpower, 33(5), 539–555. https://doi.org/10.1108/01437721211253110
Nemoto, K. (2010). Sexual harassment and gendered organizational culture in Japanese firms. In C. L. Williams & K. Dellinger (Eds.), Research in the Sociology of Work: Vol. 20. Gender and sexuality in the workplace (pp. 203–225). Emerald Group Publishing Limited.
Nielsen, M. B., & Einarsen, S. V. (2018). What we know, what we do not know, and what we should and could have known about workplace bullying: An overview of the literature and agenda for future research. Aggression and Violent Behavior, 42, 71–83. https://doi.org/10.1016/j.avb.2018.06.007
Nunes, T. S. (2011). Assédio moral no trabalho: o contexto dos servidores da Universidade Federal de Santa Catarina [Master Dissertation, Universidade Federal de Santa Catarina].
Nunes, T. S., & Tolfo, S. R. (2015). Una reflexión sobre las investigaciones acerca del acoso moral en el trabajo en el entorno de la asociación nacional de postgrado e investigación en administración (ANPAD). In E. B. Villar, M. Caputo, E. A. Coria, & M. Gimenez (Eds.). Hostigamiento Psicológico Laboral e Institucional en Iberoamérica: estado del arte y experiencias de intervención (pp. 651-668). Sb editorial
Nunes, T. S., & Torga, E. M. M. (2020). Workplace bullying in postgraduate courses: The consequences experienced by teachers and students of a Brazilian state university. Education Policy Analysis Archives, 28(11), 1-27. https://doi.org/10.14507/epaa.28.4883
Nunes, T., Tolfo, S., & Espinosa, L. (2018). Assédio moral no trabalho: a compreensão dos trabalhadores sobre a violência. Revista de Gestão e Secretariado, 9(2), 205-219. https://doi.org/10.7769/gesec.v9i2.629
Nunes, T. S., Tolfo, S. R., & Espinosa, L. M. C. (2019). A percepção de servidores universitários sobre as políticas, ações e discursos institucionais sobre o assédio moral no trabalho. Organizações em Contexto, 15(29), 191-222. https://www.metodista.br/revistas/revistas-ims/index.php/OC/article/view/8327
Pheko, M. M., Monteiro, N. M., & Segopolo, M. T. (2017). When work hurts: a conceptual framework explaining how organizational culture may perpetuate workplace bullying. Journal of Human Behavior in the Social Environment, 27(6), 571-588. https://doi.org/10.1080/10911359.2017.1300973
Pires, J. C. S., & Macedo, K. B. (2006). Cultura organizacional em organizações públicas no Brasil. Revista de Administração Pública, 40(1), 81-105. https://www.scielo.br/pdf/rap/v40n1/v40n1a05.pdf
Prates, M. A. S., & Barros, B. T. (1997). O estilo brasileiro de administrar: sumário de um modelo de ação cultural brasileiro com base na gestão empresarial. In F. C. P. Motta, & M. P. Caldas (Eds.). Cultura organizacional e cultura brasileira (pp. 55-69). Atlas
Salin, D. (2003). Workplace Bullying among Business Professionals: Prevalence, Organizational Antecedents and Gender Differences [Doctoral Dissertation, Swedish School of Economics and Business Administration]
Salin, D., & Hoel, H. (2020). Organizational risk factors of workplace bullying. In S. Einarsen, H. Hoel, D. Zapf, & C. L. Cooper (Eds.), Bullying and harassment in the workplace: Theory, research and practice (3rd ed., pp. 305–330). Taylor & Francis.
Schein, E. H. (2009). Cultura organizacional e liderança. Atlas
Skogstad, A., Torsheim, T., Einarsen, S., & Hauge, L. J. (2011). Testing the work environment hypothesis of bullying on a group level of analysis: Psychosocial factors as precursors of observed workplace bullying. Applied Psychology, 60(3), 475–495.
Tribunal de Contas da União [TCU]. (2025). Auditoria operacional realizada com o objetivo de avaliar a existência e eventuais resultados de sistemas e práticas de prevenção e combate ao assédio em universidades federais (Acórdão 505/2025 – Plenário, Processo nº 007.263/2024-4). https://pesquisa.apps.tcu.gov.br/documento/acordao-completo/*/key%253aacordao-completo-2689053/dtrelevancia%2520desc%252c%2520numacordaoint%2520desc/0
Tolfo, S. R., Silva, N., & Krawulski, E. (2013). Acoso laboral: Relaciones con la cultura organizacional y la gestión de personas. Salud de los Trabajadores, 21(1), 5–18.
Westhues, K. (2015). Mobbing en la academia. La importancia de su reconocimiento. In F. P. S. Martin (Ed.). Develar al mobbing: Asegurar la dignidade en las organizaciones I (pp. 23-32). Ediciones y Gráficos Eón
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

