A elaboração da política da Base Nacional Comum Curricular no Brasil: pontos a considerar
DOI:
https://doi.org/10.18800/educacion.202301.005Keywords:
Curriculum, Education, Educational policy, Right to educationAbstract
No Brasil temos visto diversas forças oriundas do movimento empresarial atuando como protagonistas na discussão das políticas educacionais formuladas nos últimos sete anos. Essa ingerência tem como objetivo explorar a educação como a nova fronteira econômica e com o intuído de formar uma nova geração de trabalhadores para atender as demandas do capitalismo do século XXI. Nesse sentido, nosso objetivo será explorar a atuação do movimento empresarial brasileiro na construção de um consenso em torno da necessidade de criação da nova política curricular, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), especialmente a atuação dos atores do Movimento Toda pela Base (MBNC). Para tal, apresentaremos um breve histórico que demonstra como esse segmento foi um catalisador nesse debate e, ainda, abordaremos o conceito de qualidade que tem sido posto por essa reforma.
Downloads
References
Avelar, M., & Ball, S. (2017). Mapping new philanthropy and the heterarchical state: the mobilization for the national learning standards in Brazil. International Journal of Educational Development, 64, 65-73. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0738059317302080
Banco Mundial (2012). Atingindo uma educação de nível mundial no Brasil: próximos passos. Banco Mundial.
Bogdan, R. C., & Biklen, S. K. (1994). Investigação qualitativa em educação: Uma introdução à teria e aos métodos. Porto Editora.
Caetano, M. R. (2020). As reformas educativas globais e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Textura, 22, 36-53. http://www.periodicos.ulbra.br/index.php/txra/article/view/5397
Campos, R. F., & Durli, Z. (2020). BNCC para a educação infantil: é ou não é currículo? Currículo sem Fronteiras, 20, 251-267. https://www.curriculosemfronteiras.org/vol20iss1articles/campos-durli.pdf
Castells, M. (2011). A sociedade em rede. A era da Informação: Economia, Sociedade. Paz e Terra.
Constituição da República Federativa do Brasil [Const.]. Art. 210. Octubre 8 de 2001 (Brasil).
Cóstola, A. (2018). Os reformadores empresariais e as políticas educacionais: análise da influência do Movimento Todos pela Base Nacional Comum no processo de construção da BNCC. [Tesis de licenciatura]. Universidad del Estado de São Paulo - Brasil. https://repositorio.unesp.br/handle/11449/203670
Cóstola, A. (2021). Onde tem base, tem movimento» empresarial: análise da atuação dos atores privados do Movimento Todos Pela Base nas redes públicas estaduais da Região Sudeste. [Tesis de maestría]. Universidad del Estado de São Paulo. https://repositorio.unesp.br/handle/11449/215523
Cóstola, A., & Borghi, R. F. (2018). Os reformadores empresariais e as políticas educacionais: análise do movimento todos pela base nacional comum. Política e Gestão Educacional, 22 (esp3), 1313-1324. https://doi.org/10.22633/rpge.v22iesp3.11889
Dourado, L.F., & Oliveira, J. F. (2009). Qualidade da educação: perspectivas e desafios. Caderno Cedes, 29(78), 201-215. https://www.scielo.br/j/ccedes/a/Ks9m5K5Z4Pc5Qy5HRVgssjg/?format=pdf&lang=pt
Dourado, L. F., & Oliveira, J. F. (2018). Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e os impactos nas políticas de regulação e avaliação da educação superior. En M. A. Aguiar y L. F. Dourado, A BNCC na contramão do PNE 2014-2024: avaliação e perspectivas. ANPAE.
Dourado, L.F., & Siqueira, R. M. (2019). A arte do disfarce: BNCC como gestão e regulação do currículo. Revista Brasileira de Política e Administração da Educação, 35(2), 291-306. https://seer.ufrgs.br/rbpae/article/view/vol35n22019.95407/53884
Evangelista, O. (2012). Apontamentos para o trabalho com documentos de política educacional. En R. M. L. Araújo & D. S. Rodrigues (Orgs.), A pesquisa em trabalho, educação e políticas educacionais (pp. 52-71). Alínea.
Favaro, A. A., & Centenaro, J. B. (2019). A pesquisa documental nas investigações de políticas educacionais: potencialidades e limites. Revista Contrapontos, 19(1). http://educa.fcc.org.br/scielo.php?pid=S1984-71142019000100170&script=sci_arttext&tlng=pt
Freitas, L.C. (2018). A reforma empresarial da educação: nova direita, velhas ideias. Expressão Popular.
Girotto, E. D. (2018a). Entre o cinismo e a hipocrisia: o novo ciclo de reformas educacionais no Brasil. Educar em Revista, 34(71), 159-174. https://www.scielo.br/j/er/a/tKrCGqmSft4rpFWvBgMFQHz/abstract/?lang=pt
Girotto, E. D. (2018b). Entre o abstracionismo pedagógico e os territórios de luta: a base nacional comum curricular e a defesa da escola pública. Horizontes, 36(1), 16-30. https://revistahorizontes.usf.edu.br/horizontes/article/view/603/257
Girotto, E. D. (2019). Pode a política pública mentir? A Base Nacional Comum Curricular e a disputa da qualidade educacional. Educação & Sociedade, 40, 1-21. https://www.scielo.br/j/es/a/c3PrMtP6V5XVgnWv79btvjs/?lang=pt
Kripka, R. M. L., Scheller, M., & Bonotto, D. L. (2015). Pesquisa documental na pesquisa qualitativa: conceitos e caracterização. Revista de Investigações UNAD, 14, 55-73.
Ley nº 9.394 de 1996. Establece la ley de Lineamientos y Bases de la Educación Nacional. Diciembre 20 de 1996 (Brasil).
Ley nº 13.005 de 2014. Aprueba el Plan Nacional de Educación - PNE y toma otras medidas. Junio 25 de 2014 (Brasil).
Ministerio de Educación (1997). Establece los Parámetros Curriculares Nacionales (PCN). Brasília, Brasil.
Ministerio de Educación (2018). Base Nacional Comum Curricular. Brasília, Brasil.
Oliveira, I. B. (2018). Políticas curriculares no contexto do golpe de 2016: debates atuais, embates e resistências. En M. A. S. Aguiar y L. F. Dourado (Orgs.), A BNCC na contramão do PNE 2014-2024: avaliação e perspectivas, Recife, ANPAE.
Oliveira, R. P., & Araújo, G. C. (2005). Qualidade do ensino: uma nova dimensão da luta pelo direito à educação. Revista Brasileira de Educação, 28, 5-24. https://www.scielo.br/j/rbedu/a/t64xS8jD8pz6yNFQNCk4n7L/abstract/?lang=pt
Olmedo, A. (2014). Heterarquias e «governança filantrópica» global: implicações e controvérsias para o controle social das políticas públicas. Revista Educação e Políticas em Debate, 2 (2), 470-498. https://seer.ufu.br/index.php/revistaeducaopoliticas/article/view/24803/13794
Ordenanza nº 331 de 2018. Establece el Programa Base de Apoyo a la Implementación Curricular Común Nacional - ProBNCC y establece lineamientos, parámetros y criterios para su implementación. Abril 5 de 2018 (Brasil).
Resolución nº 2 de 2019. Resolución del Consejo Nacional de Educación por la que se establece la Base Nacional Común para la Formación Inicial del Profesorado de Educación Básica (BNC - Formación). Diciembre 20 de 2019 (Brasil).
Sacristán, J. (2000). O Currículo: uma reflexão sobre a prática. ArtMed.
Silva, M. A. (2009). Qualidade social da educação pública: algumas aproximações. Caderno Cedes, 29(78), 216-226. https://www.scielo.br/j/ccedes/a/9dskHZ5yhjhYbXfGNNvm4VK/?lang=pt
Silva, M. R. (2015). Currículo, ensino médio e BNCC: Um cenário de disputas, Retratos da Escola, Brasília, 9 (17), 367-379. https://retratosdaescola.emnuvens.com.br/rde/article/view/586
Silva, R., & Oliveira, J. (2020). Privatização da educação em 24 países africanos: tendências, pontos comuns e atípicos. Educação & Sociedade, 41, 1-20. https://www.scielo.br/j/es/a/p9RyKML6HwprLvTZVLwsYzw/?lang=pt
Silva, R., & Oliveira, J. (2021). A Parceria Global pela Educação e o Financiamento da Educação: países, atores e contribuições. FINEDUCA, 11(36), 1-18. https://seer.ufrgs.br/fineduca/article/view/113005




