«¿Quem é que não quer que a sua escola fique lá em cima?»: vozes que ecoam diante das avaliações externas brasileiras aplicadas nas escolas da microrregião no Ubá / MG
DOI:
https://doi.org/10.18800/educacion.201701.006Palavras-chave:
trabalho docente, avaliações externas, políticas educacionais, Microrregião de Ubá-MGResumo
O objetivo do artigo é apresentar os resultados de uma pesquisa que analisou o
impacto das avaliações externas no trabalho docente em escolas públicas da
microrregião de Ubá (MRUbá), Minas Gerais. A metodologia contou com uma investigação realizada em três escolas, observações in loco, entrevistas semiestruturadas com professoras, pesquisa bibliográfica sobre o tema e análise
qualitativa dos dados. As «vozes» que ecoaram das escolas sinalizaram para a lógica da prestação de contas, da responsabilização, das pressões por resultados, da (des) crença no IDEB, dos aspectos relativos à competição, dentre outros. Os dados nos possibilitaram perceber que os professores são muito afetados pelo atual modelo avaliativo, cujos mecanismos de mensuração o culpabilizam e também à escola, além de gerarem rankings que estão cada vez mais reforçando um ambiente competitivo.
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