Influência das formas de financiamento de curto prazo no risco sistemático das empresas latino-americanas
DOI:
https://doi.org/10.18800/contabilidad.202402.004Palavras-chave:
Financiamento de curto prazo, Dívida comercial, Dívida bancária, Risco sistemáticoResumo
O objetivo desta pesquisa foi investigar se a forma de financiamento de curto prazo das organizações, financiamento bancário ou financiamento comercial, impacta o risco sistemático das empresas latino-americanas. A proposta apoia-se nas proposições descritas por Hamada (1972) que, a partir da teorização desenvolvida por Modigliani e Miller (1958, 1963), indicava a relação entre a estrutura de financiamento das empresas e o risco sistemático. Foram estimados modelos econométricos de regressão linear múltipla. O risco sistemático foi mensurado por meio do beta alavancado (?) e nas suas respectivas desagregações de beta desalavando (?D) e beta residual (?R). A amostra investigada foi de empresas da América Latina, durante o período de 2009 até 2022. Os principais resultados indicam que há uma relação negativa entre o endividamento comercial e bancário de curto prazo e o beta desalavancado das empresas latino-americanas, sendo maior a intensidade e significância para o endividamento comercial. O estudo traz evidências que contribuem para a literatura de finanças ao esclarecer que as formas de financiamento de curto prazo impactam o risco sistemático das organizações. Na perspectiva das contribuições práticas, a presente pesquisa explicita aos investidores e atores de mercado que a estrutura de financiamento determinada pelas atividades operacionais, por meio de passivos de funcionamento, deve ser considerada no processo de precificação dos ativos.





